A enteada de 15 anos que teria sido estuprada pelo padrasto, de 62 anos, em Mundo Novo, a 458 km de Campo Grande, disse à Polícia Civil que o sonho dele era ter um filho com ela. A adolescente sofria os abusos há sete anos desde quando foi morar com a mãe. O idoso foi preso em flagrante às margens do rio Paraná na segunda-feira (31). Em depoimento, o suspeito disse que só vai falar em juízo.

De acordo com as autoridades policiais, o pescador convive há 13 anos com a mãe da adolescente, de 45 anos, e há 7 anos abusava da garota, que tem uma irmã gêmea e outras três irmãs de 18, 21 e 24 anos. As irmãs também eram vítimas de carícias do padrasto.

Ao G1, a Polícia Civil disse que conversou nesta terça-feira com a jovem de 24 anos. Em depoimento, a vítima contou que sofria abusou do homem e, recentemente, ele dizia que queria ter relações sexuais com ela.

Os policiais também ouviram a mãe das meninas. A mulher disse que não sabia de nada e que o idoso sempre foi um bom padrasto.

Estupro A adolescente que foi estuprada disse à polícia que depois da separação dos pais foi morar com o pai, mas se mudou para a casa da mãe e do padrasto quando os dois começaram o relacionamento. Os abusos teriam começado nos primeiros dias depois da mudança.

A garota explicou que não denunciou antes porque sofria também violência psicológica. O pescador teria ameaçado matar a família toda caso a polícia fosse chamada. Por isso, a menina disse que se sentia obrigada a manter relações com o padrasto para garantir a segurança da mãe e das irmãs. Ela ainda disse que era proibida de namorar e que o suspeito dizia que mataria ela e o namorado.

A vítima ainda relatou que o padrasto não usava preservativos durante as relações sexuais e não deixava a menina usar métodos contraceptivos. O caso foi denunciado à polícia no domingo (30), quando a irmã gêmea da vítima disse que ia embora de casa porque não aguentava mais a situação de escravidão e maus tratos, além dos abusos.

Ele foi preso em flagrante logo depois de estuprar a menina e levado para a Delegacia de Polícia Civil. A vítima e as irmãs foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, que acompanha o caso. Na casa da família, a polícia apreendeu uma espingarda calibre 32, com três munições intactas, e 16 munições para revólver calibre 38, de origem estrangeira.

Fonte: G1 MS