Entre os benefícios oferecidos por Delcídio do Amaral (PT-MS) ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar envolvimento de seu nome em uma possível delação premiada estavam pagamento mensal de R$ 50 mil e uma fuga planejada para o Paraguai. De lá, o ex-diretor da Petrobras seguiria para a Espanha, país do qual possui cidadania, e poderia estabelecer residência por lá.

As informações constam das investigações e escutas telefônicas da Polícia Federal que culminaram com a prisão de Delcídio hoje pela manhã em Brasília. O senador é acusado de tentar atrapalhar a investigação da Operação Lava Jato. O principal objetivo de Delcídio era evitar que seu nome fosse revelado nos detalhes das irregularidades da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, pela Petrobras. Delcídio procurou Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, para fazer a proposta.

Ele estaria acompanhado do advogado Edson Ribeiro, também preso nesta quarta-feira pela PF. André Esteves, do BTG Pactual, estaria a par das negociações. Os dois sugeriram que fosse utilizado o avião Falcon 50, da fabricante francesa Dassault, que seria capaz de fazer o trajeto sem precisar reabastecer.

O senador ainda citou o nome de ministros do Supremo que estariam dispostos a votar a liberação de Ceveró do cárcere. O filho de Cerveró gravou todas as conversas e as entregou ao MPF (Ministério Público Federal). Delcídio também teria tido acesso à prévia da delação premiada de Cerveró, e, agora, o vazamento destas informações está sendo investigado.

(As informações são do Portal R7)