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Com Paulinho Corrêa

PF faz operação contra fraude em documentos para conseguir aposentadoria rural

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (24), através da Delegacia da PF em Ponta Porã/MS, em conjunto com a Assessoria de Pesquisa Estratégica do Ministério da Previdência Social e o Ministério Público Federal, a Operação Coiote Kaiowá nas cidades de Amambai e Aral Moreira/MS.

A ação teve por objetivo desmantelar organização criminosa responsável no esquema de fraudes envolvendo a confecção de registros de nascimento ideologicamente falsos visando à concessão de aposentadorias rurais para indígenas. Além disso, a quadrilha potencializava os seus lucros mediante a contratação de empréstimos consignados fraudulentos.

Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, nas cidades de Amambai e na aldeia Guassuty, em Aral Moreira.

Entre os alvos da operação estão o casal proprietário de uma financeira especializada em créditos consignados, bem como um ex-capitão da Aldeia Guassuty.

A fraude consistia na falsificação de certidões de atividade rural da FUNAI e no registro civil fraudulento de indígenas provenientes do Paraguai e de indígenas inexistentes.

A operação foi batizada “Coiote Kaiowá” em alusão aos “coyotes”, apelido dado aos atravessadores de pessoas na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Segundo as investigações, os envolvidos criavam documentação nacional para indígenas da etnia Kaiowá provenientes do Paraguai passarem a residir no Brasil recebendo aposentadoria.

Identificou-se, também, que a organização criava indígenas fantasmas no intuito de se apropriar de suas aposentadorias.

Levantamentos preliminares detectaram que foram evitados prejuízos ao INSS em torno de R$ 4 milhões. No entanto, durante as buscas foram apreendidas enormes quantidades de documentos que indicam que o montante das fraudes pode ultrapassar em muito esse valor.

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